O Homem e as suas origens

Origens arménias

Uma das particularidades do povo arménio, apesar de todas as vicissitudes a que foi sujeito ao longo da sua existência, foi ter conseguido conservar a sua identidade cultural e religiosa. Nos anos 60 do século XIX os arménios, privados da sua independência, encontravam-se repartidos por várias nações da região do Cáucaso e da Anatólia, nomeadamente pela Rússia e pela Turquia.

Nascido em 1869, no seio da próspera comunidade arménia da capital otomana, Calouste Gulbenkian revelou ao longo da sua vida algumas das particularidades do seu povo. E, apesar de o seu percurso pessoal o ter levado a fixar residência em duas das mais cosmopolitas cidades do ocidente europeu, manteve-se sempre fiel às suas origens orientais em geral, e arménias em particular. Se na sua colecção de arte o núcleo dedicado à Arménia não é muito extenso, na biblioteca particular Calouste Gulbenkian reuniu um conjunto de obras com alguma expressã abrangendo temas como a Arte, a Arquitectura, a Fauna, a Flora ou a Religião da sua Arménia natal, que testemunham a sua fidelidade afectiva. L’église arménienne: son histoire, sa doctrine, son régime, sa liturgie, sa littérature, son présent, Le rôle des arméniens dans la civilisation Mondiale, A treatise on the geology of Armenie e Documents d’art arméniens, são alguns dos títulos que espelham a diversidade temática deste conjunto. Algumas destas obras, oferecidas pelos autores ou tradutores, possuem um interesse acrescido pelas dedicatórias que contêm. Astour Navarian, poeta francês de origem arménia, por exemplo, refere na dedicatória da sua obra Poésie et matière: essai, as acções filantrópicas de Calouste Gulbenkian em relação aos seus compatriotas.

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Destaques da colecção

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