«Mes enfants»

Escultura

Uma das peças da coleção de arte que se oferecia à admiração dos raros visitantes que tiveram o privilégio de frequentar a residência parisiense de Calouste Gulbenkian era a estátua, em mámore e de tamanho natural, representando Diana, a deusa da caça. Considerada um dos melhores trabalhos do mais célebre escultor do século XVIII, o francês Jean-Antoine Houdon - que a datou de 1780 -, foi adquirida por Calouste Gulbenkian em 1930. O seu gosto pela Escultura não se limitou à produção francesa setecentista. A colecção interga peças que vão da Antiguidade oriental e clássica, passando pelo período medieval, pelo século XIX, até à Arte Déco, popularizada a partir da Exposição de Artes Decorativas de 1925.

À semelhança do que acontece em relação a outras áreas da criação artística, também no conjunto de documentação que reuniu sobre Escultura se encontra o testemunho do desejo de saber do Coleccionador. Englobando diversos tipos de estudos, este conjunto comporta monografias sobre a vida e a obra dos mais reputados escultores da História da Arte ocidental: Praxíteles, Lisipo, Donatello, Miguel Ângelo, Verrochio, Houdon, Carpeaux, Rodin, só para citar alguns. Em algumas das obras observam-se as marcas manuscritas da leitura atenta de Calouste Gulbenkian, como em Florentine sculptors of the Renaissance, um estudo dedicado à obra de escultores como Ghiberti, Donatello e Luca della Robbia. Existem ainda obras de carácter mais geral sobre a história da Escultura em determinados períodos, como Documents de sculpture française du Moyen Âge, ou em determinadas regiões e países, de que são exemplos os títulos La sculpture grecque à Delphes e Egyptian statues and statuettes. Surgem ainda alguns títulos que se afastam das preferências estéticas de Calouste Gulbenkian. Tradition and experiment in modern sculpture, do historiador de arte americano Charles Seymour, Jr., é uma dessas obras, e terá constituído, proventura, uma oferta ao Coleccionador.

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